terça-feira, 29 de março de 2011

Quem se lembra do grande Las Palmas?

Quem se lembra do grande Las Palmas? Aqui estão notícias dele!



O Palmas chegou ao Algarve com um olhar desconfiado, próprio de quem está fora do seu ambiente e de quem tinha perdido a fé nas pessoas. Olhava para nós e para as outras pessoas de lado com um olhar frio e intimidatório. A minha esposa colocou de início muitas reservas a este animal adoptado. Muito sôfrego, implicava algumas vezes com a Taia, a cadela residente, principalmente no que respeita a comida e a roer ossos, achando sempre que os dois ossos tinham de ser para ele. Cada vez que tinha um buraco no portão de entrada das pessoas ou das viaturas, lá se ia ele embora há procura não sei bem do quê (Talvez da sua antiga residência). Habituado a ter cães de raças com personalidades "fortes", vi logo que tinha de ter algum trabalho junto do mesmo (carinho e determinação sobre as asneiras que ele fazia). Assim foram precisos muitos momentos de dedicação, carinho e de estar com "ele" nesses primeiros meses. Hoje, o Palmas é um animal completamente diferente. A desconfiança inicial foi-se. Neste momento tem um olhar meigo, respeita completamente o espaço da Taia, quer brincar todos os dias com uma bola ou um pau mal chego a casa. Principalmente já não tem tendência a fugir, uma vez que se identifica perfeitamente com este lar... Tem uma ligação muito forte com toda a família, principalmente com o meu filho mais pequeno de 13 anos, embora isto não seja novidade, já que os animais são todos assim com o António. Cumpre perfeitamente a sua função de cão de guarda. Ou seja é um cão possante e intimidante, com um ladrar forte e rouco e não permite brincadeiras ao portão. Gosta de passear à trela, infelizmente não tem sido possível ultimamente fazê-lo por causa do infortúnio que me aconteceu. Em Dezembro ao fechar a mala da minha viatura, as portas de fecho automático, fecharam-se sozinhas, com as chaves na ignição. Como estava longe de casa tive de apanhar um táxi, para ir buscar o jogo de chaves suplente. Ao saltar o muro do portão, bati com o ténis na vedação e cai de uma altura estimada de cerca de 3 metros, completamente desamparado, tendo partido o braço direito (com uma fractura muito complicada que me promoveu a seis horas de operação). Bem, o Palmas ficou em angústia quando me viu no chão com dores e optou por se deitar ao meu lado e permanecido com o seu focinho bem junto da minha cabeça lambendo-me constantemente o rosto. Ali ficou até eu ter tido forças para me levantar e ir de seguida para o Hospital.

Estamos completamente rendidos a este "latagão" meigo.

Abraços e continuação do bom serviço que têm feito em prol dos animais.

NB

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